Geradores em condomínios, hoje é uma necessidade

É importante também que, no ato da convocação, já esteja detalhado que esse assunto será posto em pauta.
 
“Mesmo sendo um investimento grande, instalar um gerador vale a pena para o condomínio. Além de ser um conforto, valoriza o patrimônio de todos”, calcula Rosely.
 
Escolha da empresa
Antes de escolher a empresa, é importante checar se há engenheiros em seu quadro de funcionários, uma vez que são eles quem irão fazer os estudos sobre qual o equipamento indicado para as necessidades do seu condomínio.
 
Há uma série de regras, previstas pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), que a empresa deve seguir para a instalação de geradores com segurança para o local. Em São Paulo, há a lei 15.095, que, desde 2012 obriga geradores a usarem um oxicatalisador, entre outros itens. A peça ajuda a diminuir os resíduos da combustão gerada dentro do equipamento.
 
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Local de instalação do gerador
Localização, espaço, barulho, segurança e até poluição emitida, como visto acima, são fatores que devem considerados na hora de estabelecer o local de instalação.
 
Em média, um gerador de 60 KVA demanda um espaço útil entre 6m² e 9m². À medida que o equipamento tiver mais potência, mais espaço ele ocupa.
 
Por ser identificado como item de segurança, o gerador deve ficar em um local trancado, onde não haja circulação de pessoas.
 
O ideal é que fique o mais próximo possível do quadro de força, o que é interessante também para evitar gastos maiores com o cabeamento.
 
Alguns condomínios optam por instalar na garagem. Mas caso esse espaço também não comporte o equipamento, há modelos específicos que podem ser instalados ao ar livre, na área comum externa, por exemplo. Estes já vêm com proteção (carenados) e isolamento acústico, e devem ficar protegidos e gradeados para evitar o acesso.
 
O barulho, que é um tema também abordado na lei 15.095 citada acima, também deve ser considerado, pois pode ser um problema e incômodo aos moradores, mesmo o aparelho só emitindo ruídos quando ligado.
 
Os fornecedores ouvidos informaram que os equipamentos emitem de 75 a 87 decibéis. Por isso, se necessário, a recomendação é optar por modelos que já venham com isolamento acústico. Apesar de mais caros, conseguem abafar consideravelmente o ruído.
 
Qual o gerador ideal para portaria remota?
Como falamos no início da matéria, cada vez mais condomínios optam pela portaria remota. Como o abrir e fechar de portões é fundamental com energia ou sem, os condomínios devem se precaver para esse tipo de situação.
 
"Geralmente indicamos um gerador de 4 KVA apenas para a portaria remota, em condomínios pequenos", assinala Odirley Rocha, diretor da empresa de portaria remota Kiper.
 
Ou seja: esse equipamento seria responsável apenas por manter a portaria remota (incluindo os portões) funcionando com segurança, e itens como elevadores e iluminação de áreas não monitoradas não seriam beneficiadas pelo equipamento.
 
Cristiane Souza, gerente comercial da Gmax geradores, aponta que cada condomínio pode ter uma demanda de energia, mesmo se tratando da portaria remota, e frisa a necessidade de uma boa empresa parceira no cuidado com o gerador - mesmo que de pequeno porte.
 
"O gerador demanda manutenção mensal, e o condomínio não pode perceber que o equipamento não está funcionando bem no momento em que precisa dele", pesa Cristiane.
 
Um gerador desse tipo pode custar a partir de R$ 3 mil, mais a instação. 
 
Um ponto a ser destacado é o custo da instalação de um gerador. Esse valor varia bastante e depende de itens como a localização do painel elétrico, do cabeamento do local, e de onde o gerador será instalado. 
 
"Pode ser que a instalação fique mais cara que o próprio gerador, ainda mais se for um equipamento apenas para a portaria remota", argumenta Cristiane.
 
Já Delson Ferreira Coelho, diretor da empresa White Proteção e Segurança, explica que a grande maioria dos condomínios que contam com o sistema de portaria remota podem contar com um nobreak, ao invés do gerador.
 
"O nobreak pode suprir as necessidades de energia dos portões e demais equipamentos da portaria remota por até oito horas. Pode ser uma boa opção para muitos condomínios que não sofrem com a falta de energia por longos períodos", assinala Delson.
 
Antes de se decidir pelo gerador ou nobreak, porém, o condomínio deve fazer um estudo e verificar quantas vezes ficou sem energia no último ano - e por quanto tempo. 
 
"Dessa forma fica mais simples de se decidir pelo equipamento mais indicado para o condomínio", argumenta Odirley.
 
Fonte: www.sindiconet.com.br